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Resenha - A Casa do Céu, Amanda Lindhout e Sara Corbett

by - março 06, 2020

Imagem: @Jacione_Oliveira 
Título: A Casa do Céu | Autor(a): Amanda Lindhout e Sara Corbett | Editora: Novo Conceito | Ano de edição: 2013 Páginas: 448 | Classificação:  | Comprar: Amazon 


Quando criança, Amanda escapava de um lar violento folheando as páginas da revista National Geographic e imaginando-se em lugares exóticos. Aos dezenove anos, trabalhando como garçonete, ela começou a economizar o dinheiro das gorjetas para viajar pelo mundo. Na tentativa de compreendê-lo e dar sentido à vida, viajou como mochileira pela América Latina, Laos, Bangladesh e Índia. Encorajada por suas experiências, acabou indo também ao Sudão, Síria e Paquistão. Em países castigados pela guerra, como o Afeganistão e o Iraque, ela iniciou uma carreira como repórter de televisão. Até que, em agosto de 2008, viajou para a Somália — “o país mais perigoso do mundo”. No quarto dia, ela foi sequestrada por um grupo de homens mascarados em uma estrada de terra. Mantida em cativeiro por 460 dias, Amanda converteu-se ao islamismo como tática de sobrevivência, recebeu “lições sobre como ser uma boa esposa” e se arriscou em uma fuga audaciosa. Ocupando uma série de casas abandonadas no meio do deserto, ela sobreviveu através de suas lembranças — cada um dos detalhes do mundo em que vivia antes do cativeiro —, arquitetando estratégias, criando forças e esperança. Nos momentos de maior desespero, ela visitava uma casa no céu, muito acima da mulher aprisionada com correntes, no escuro e que sofria com as torturas que lhe eram impostas. De maneira vívida e cheia de suspense, escrito como um excepcional romance, “A Casa do Céu” é a história íntima e dramática de uma jovem intrépida e de sua busca por compaixão em meio a uma adversidade inimaginável.

A Casa do Céu é um livro de não-ficção ao qual conta a história da Amanda Lindhout, que passou por muitos momentos angustiantes em sua vida. É muito difícil de imaginar que a autora passou por tantas situações apavorantes, foi um livro que eu demorei muito para terminar, não porque não estava gostando, mas por conta da tensão ao qual o mesmo me transmitia a cada palavra lida. 

Amanda era jovem quando saiu de casa, aos 17 anos resolveu se afastar da atmosfera tóxica de sua casa, em que presenciava o namorado de sua mãe, 11 anos mais jovem que ela, agredi-la. Um ambiente com brigas constantes e muito sofrimento. Foi morar com o irmão e começou a trabalhar como garçonete para rechear a sua conta bancária e viajar pelo mundo a fora. 

A primeira viagem foi para a Venezuela, ao qual teve experiências incríveis. A segunda, para o sul da Ásia e depois já estava viajando para lugares perigosos, com guerras e difíceis de achar no mapa como Bangladesh. Em uma de suas viagens, Amanda conhece Nigel, um jornalista, ao qual se apaixona, vivem um romance e depois se tornam grandes amigos. Ela deseja ser correspondente de regiões de guerra ou críticas, com seu conhecimento de mochileira, acha que é só questão de achar a oportunidade certa. Amanda decide ir para a Somália, em menos de uma semana, ela e Nigel são sequestrados por um grupo fundamentalista que usa o sequestro de ocidentais para financiar suas ações pelo país. 

Amanda e Nigel ficam no cativeiro por muito tempo, mais de um ano e vivem os piores dias de suas vidas, mas mesmo com tanto sofrimento, Amanda nunca deixou de ter fé e tentar fazer com que o seu amigo não perdesse a esperança também. Ela foi muito forte, junto com o Nigel, criaram estratégias para se manterem unidos e passar por toda aquela situação. 

É até estranho falar que eu gostei do livro, pois é uma situação que houve na vida real e que não desejo a ninguém, mas é um livro muito forte, com um impacto emocional gigantesco e acho muito necessário a leitura. Recomendo muito! 

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